Biópsia Hepática l Hepatectomia l Derivação Biliodigestiva |
A biópsia hepática consiste na extração de uma pequena amostra do fígado para seu exame ao microscópio por um especialista (patologista). Esta técnica e utilizada habitualmente para diagnosticar uma doença, embora nem sempre o tecido a extrair seja suspeito de estar doente. Este procedimento é realizado em ambiente hospitalar para garantir uma segurança maior ao paciente.
Tipos de Procedimento Diferentes procedimentos podem ser utilizados para a extração da amostra do fígado e será definido em função do objeto do estudo que o médico considere ser o mais útil para seu diagnóstico. Os tipos de biópsias hepáticas mais comuns e utilizados são:
1. Percutânea ou trans-parietal sob anestesia local Em primeiro lugar se faz a desinfeccção da área da pele por onde se introduz a agulha e somente requer a aplicação de anestesia local. É obtida uma amostra com um tamanho entre 2 e 3 centímetros por um diâmetro aproximado de 3 milímetros. Por se tratar de uma amostra mais profunda do fígado, o numero de espaços porta conseguido permite ao patologista realizar um laudo mais representativo do fígado.
Deve-se ter em conta: Informar ao médico sobre possíveis alergias e sobre a história clínica. O paciente poderá ser hospitalizado após a biópsia executada se houver evidência de sangramento, um vazamento de bíle, pneumotórax (ar ou com gás no espaço pleural), ou algum outro órgão perfurado acidentalmente, ou se a dor do paciente for muito intensa e não melhorar com o uso de analgésicos por via oral depois da biópsia. Na verdade, pequeninos descolamentos da cápsula do fígado formando uma espécie de pequena bolha (hematoma sub-capsular) ou, às vezes, a punção de um canal biliar com o vazamento de bile pode produzir dores muito intensas. Outros métodos possíveis são: por videolaparoscopia, transjugular e “a céu aberto”. Com a laparoscopia, sob anestesia geral, um instrumento iluminado (câmera) é inserido através de um pequeno corte (± 1,2 cm) na parede abdominal, junto ao umbigo. Os órgãos internos são afastados da parede abdominal com o gás carbônico, que é introduzido no abdômen. Uma segunda incisão (0,5 cm) permite a introdução de outro instrumento, que será utilizado para afastar outras estruturas, ajudar a “escolher” o melhor local para a punção, e permitir a conexão do bisturi elétrico, de forma a conter qualquer sangramento. A punção, idealmente, é feita exatamente nos mesmos moldes que foram acima descritos, com a única diferença que sob visão direta e com absoluto controle do sangramento. Os pacientes que fazem este procedimento por videolaparoscopia normalmente tem alta hospitalar no dia seguinte. A técnica transjugular é utilizada por um radiologista intervencionista, e tem indicações bastante especificas. Por exemplo, quando o paciente apresenta grave distúrbio de coagulação e grande quantidade de líquido (ascite) no abdômen. Com este procedimento, um pequeno tubo é inserido na veia jugular, no pescoço, que é radiologicamente guiado até uma veia hepática, que sai do fígado. 4. “A céu Aberto” Por último, a biópsia pode ser feita quando o paciente estiver passando por cirurgia ou, excepcionalmente, seu abdome pode ser aberto com o propósito exclusivo de se realizar a biópsia. É indicação de exceção. |
Atualizado em 08/11/2010